por Fernando Gil Paiva
"Boa tarde. Mundo dos Esportes está na pequena República de San Marcos. Mostraremos ao vivo para vocês um assassinato sumário. O presidente deste adorável país da América Latina será morto... E substituído por uma ditadura militar. Todos estão tremendamente eufóricos e tensos. O clima nesta tarde de domingo está perfeito. Vimos uma série de tumultos coloridos que começou com o tradicional bombardeio à embaixada americana, um ritual tão velho quanto a cidade. Em seguida, o líder do Sindicato Trabalhista, Julio Doaz foi arrastado da sua casa e surrado pela multidão enfurecida. Foi um dos espetáculos mais emocionantes que já vi. Talvez mostraremos em replay mais tarde. Em toda parte, há bandeiras e chapéus coloridos e o momento que mais aguardávamos chegou. Todos estão quietos. O presidente vai sair e descer a escada do palácio. Passemos para o local da ação. É com você, Howard!"
Assim, começa a o início do fim de El presidente para dar lugar a ditadura militar do General Emilio Molina Vargas. Esta também é a história de Fielding Mellish, um homem que se apaixona por uma ativista política que vive nos Estados Unidos. Com isso, movido pelos sentimentos do amor e encarnado de um real revolucionário, parte para San Marcos para juntar-se aos semelhantes – o que faz com que seja empossado em um cargo de grande notoriedade.
Assim, Woody Allen mostra de uma forma satírica um pouco da idéia do que foram as ditaduras na América Latina. Com muitas cenas embasadas no improviso, vários dos personagens do filme, incluindo Allen, agiram de tal modo em prol da pura naturalidade.
O exagero é outro elemento [melhor não comentar], mas que é claro, intencional e explícito. É provável que nossos olhos muito acostumados à busca do real no irreal se assustem ao ver o irreal nele mesmo. Mas isso é atribuído à apenas alguns de seus efeitos, ou ausência deles.
Como curiosidade e para ressaltar o fator improviso, os músicos ao fundo em um salão de jantar apenas optaram pela mímica dos instrumentos porque estes não chegaram a tempo para o momento das gravações, algo que acabou se transformando em ponto positivo na lista de chistes do diretor.
Bananas marca o início de um longa carreia que ainda persiste, quase sem falhas, com um filme por ano – ritmo mantido por poucos. 37 anos depois de muita tropicalidade, Allen segue com o tópico calliente tirado do seu intacto saco de idéias mantido a décadas filmando o último grande sucesso Vicky Cristina Barcelona, que merecerá um post em breve.
Fielding Mellish, tendo chegado a um patamar alto para conquistar o amor de Nancy recebe a inesperada mensagem e logo notifica: "Você acredita nisso?! Ela diz que não sou líder suficiente para ela. Quem ela estava procurando... Hitler?"
Sinopse: Fielding Mellish (Woody Allen), um testador de produtos de uma grande firma, é apaixonado por Nancy (Louise Lasser), uma ativista política. Ele assiste manifestações e tenta provar da sua maneira que é merecedor do amor dela, mas Nancy quer alguém com maior potencial de liderança. Então Fielding vai para San Marcos, uma republiqueta na América Central, e lá se une aos rebeldes. Durante uma viagem Fielding reencontra Nancy novamente e ela se apaixona por ele, agora que é um líder político.
Assim, começa a o início do fim de El presidente para dar lugar a ditadura militar do General Emilio Molina Vargas. Esta também é a história de Fielding Mellish, um homem que se apaixona por uma ativista política que vive nos Estados Unidos. Com isso, movido pelos sentimentos do amor e encarnado de um real revolucionário, parte para San Marcos para juntar-se aos semelhantes – o que faz com que seja empossado em um cargo de grande notoriedade.
Assim, Woody Allen mostra de uma forma satírica um pouco da idéia do que foram as ditaduras na América Latina. Com muitas cenas embasadas no improviso, vários dos personagens do filme, incluindo Allen, agiram de tal modo em prol da pura naturalidade.
O exagero é outro elemento [melhor não comentar], mas que é claro, intencional e explícito. É provável que nossos olhos muito acostumados à busca do real no irreal se assustem ao ver o irreal nele mesmo. Mas isso é atribuído à apenas alguns de seus efeitos, ou ausência deles.
Como curiosidade e para ressaltar o fator improviso, os músicos ao fundo em um salão de jantar apenas optaram pela mímica dos instrumentos porque estes não chegaram a tempo para o momento das gravações, algo que acabou se transformando em ponto positivo na lista de chistes do diretor.
Bananas marca o início de um longa carreia que ainda persiste, quase sem falhas, com um filme por ano – ritmo mantido por poucos. 37 anos depois de muita tropicalidade, Allen segue com o tópico calliente tirado do seu intacto saco de idéias mantido a décadas filmando o último grande sucesso Vicky Cristina Barcelona, que merecerá um post em breve.
Fielding Mellish, tendo chegado a um patamar alto para conquistar o amor de Nancy recebe a inesperada mensagem e logo notifica: "Você acredita nisso?! Ela diz que não sou líder suficiente para ela. Quem ela estava procurando... Hitler?"
Sinopse: Fielding Mellish (Woody Allen), um testador de produtos de uma grande firma, é apaixonado por Nancy (Louise Lasser), uma ativista política. Ele assiste manifestações e tenta provar da sua maneira que é merecedor do amor dela, mas Nancy quer alguém com maior potencial de liderança. Então Fielding vai para San Marcos, uma republiqueta na América Central, e lá se une aos rebeldes. Durante uma viagem Fielding reencontra Nancy novamente e ela se apaixona por ele, agora que é um líder político.
Um comentário:
preciso ver esse filmes do querido Woody, mas pelo jeito é bem conservador na sua visão política, hein?
mesmo assim, o woody é perdoado depois de Vicky Cristina Barcelona.
parabéns pelo texto, Fernando!
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