quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

E, falando em divas...

Por Géssica Vilela

Depois de Penélope Cruz, Anjelica Huston e até Janis Joplin... A homenageada da vez é também uma diva, mas diferente das outras aqui antes mencionadas. Uma diva que, diante das câmeras, atraiu críticas negativas e tornou-se alvo de chacotas... Mas que mostrou que divas não são só aquelas que exibem belos corpos e atuações impecáveis... Afinal, foi atrás das câmeras e com o megafone na mão que Sofia Coppola revelou, finalmente, o talento herdado [ou não] do pai.
Quem achava que a filha de F. F. Coppola seria sempre o patinho feio de O Poderoso Chefão III (1990) e Star Wars: Episódio 1 - A Ameaça-Fantasma (1990) se enganou completamente. Vencedora de dois prêmios "Framboesa de Ouro" - um por pior atriz coadjuvante e outro por pior revelação do ano - e indicada a pior revelação da década, Sofia só tinha 19 anos quando percebeu que, diante das câmeras, o máximo que conseguiria adquirir era uma depressão profunda.

Em seu final trág...cômico, em O Poderoso Chefão III, como Mary Corleone (1990).

Enfim, quando resolveu abandonar Hollywood, começou a mostrar interesse por fotografia, figurino e chegou a participar de alguns trabalhos do irmão, Roman Coppola, que trabalha com videoclipes [de bandas como The Strokes, Arctic Monkeys e Daft Punk].
Depois de algumas pontinhas nos trabalhos do irmão, em 1998 lança seu primeiro curta reconhecido mundialmente [ou quase], Lick the Star, que já mostra traços da Sofia que conhecemos. O curta tem aproximadamente 14min e conta com a fotografia impecável, a trilha sonora indie e a abordagem sobre a feminilidade típicas da menina Coppola.
E esse foi o [RE]começo marcante de Sofia que, depois disso, surpreendeu o mundo [agora sim, o mundo!] com suas Virgens Suicidas (1999), seus Encontros e Desencontros (2003) e, por último e não menos importante, sua [e só sua] Maria Antonieta (2006).
Em cada um de seus trabalhos como diretora, Sofia mostrou-se uma diva... Colocou outras divas, como Kirsten Dunst e Scarlett Johansson, diante das câmeras e postou-se maravilhosamente por detrás delas, onde [concordemos] é o seu lugar. E não tem deixado a desejar...
Hoje, com apenas 37 anos, Sofia Coppola já é reconhecida como a ótima profissional que é e ganhou prêmios de melhor roteiro original [Óscar e Globo de Ouro com Encontros e Desencontros], melhor diretor estreante [MTV Movie Awards com As Virgens Suicidas], entre alguns outros... Prêmios esses, devidos especiamente a seu jeito peculiar de fazer cinema.
Fica difícil escolher qual o melhor filme de sua carreira promissora [como diretora, claro].

Cena de As Virgens Suicidas (1999)... Quatro das Cinco irmãs kamikaze de Coppola.


A maravilhosa Scarlett Johansson [ou parte dela], na cena inicial de Encontros e Desencontros (2003)

E um pedacinho de Kirsten Dunst em Maria Antonieta (2006), a última rainha de França... Sim, aquilo é um all star.

3 comentários:

Dafne Henriques Spolti disse...

Ótimo Géssica! Muito bom mesmo! Beijos

FitLanguages disse...

ótimo! ótimo! ótimo!

devo confessar que dos três o que eu mais gostei foi maria antonieta!
mas todos são muito bons!

Madiano Marcheti disse...

Gé...você deve postar sempre...
adorei...!!!! =D
texto dinâmico [divertido] e ótimo de ler...
na minha opinião, um dos melhores, entre os ótimos textos, que temos no blog!!!