neurótico
neu.ró.ti.co
adj (neurose+ico2) Que se refere a neurose. sm Indivíduo que padece neurose. Var: nevrótico.
Insuficiente. Trata-se de um quadro de insuficiência, pois não bastaria uma única definição para algo que está tão além, pois mesmo não sendo parte de um plano real, faz de seus planos (no cinema) algo que todos são um pouco, ou muito por assim dizer.
Assim concretizou Penélope Cruz quando fez de si a própria inspiração das neuroses, inconstâncias e incongruências dentro de um ser humano, não fugindo de sua inclinação própria do pós-moderno e suas inerentes dualidades.
“Schopenhauer chamou atenção para o caráter equívoco da vida, sua ambigüidade fundamental, também sua polissemia. Quanto a nós, há o fato de querermos estar aqui e ali, o desejo e a insatisfação, a dialética constante contra a estática e a dinâmica”. (Maffesoli, 2001).
“Maria Helena dizia que apenas amores incompletos poderiam ser românticos”. Que seriam dos amores incompletos não fossem seres incompletos? Sim, estes que são formados por suas próprias dualidades, mas que na maioria das vezes não são simultâneas. Por isso, ou se é um ou será outro. Serão sempre as inconstantes Marias Helenas.
Talvez seja esse o fator “facilidade” ou “identificação” de qualquer pessoa para com a pessoa de Penélope, em seu sentido profundo de posse e incorporação. Existem Marias, tal como existem Vickys (de Rebecas) e Cristinas (por outras Scarletts também identificadas), que são realidades facilmente tocáveis por seus expectadores, em suas mais variáveis aparições.
Parabéns, Penélope por seus múltiplos desdobramentos e suas inconstantes passadas, presentes e futuras atuações! Maria não é apenas uma personagem... é o fictício vestido do que há de mais verdadeiro!
Cruz e Allen, parceiros em um Oscar, um Bafta, um Gaudí e muitos outros prêmios consagrados na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante por Vicky Cristina Barcelona...
Penélope e Almodóvar em um dueto pós moderno e não menos consagrado.
Vicky Cristina Barcelona teve a participação de Penélope Cruz, Rebecca Hall, Scarlett Johansson, Javier Bardem e Patricia Clarkson. Foi escrito e dirigido por Woody Allen.
A bela da noite.
2 comentários:
Fantástico Fernando!
Fantástica Penélope!!!!
Parabéns Fernando vc captou a essência do WOOD pretendia passar! Beijos
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